Em 1498, num contexto socioeconómico difícil, a D. Leonor resolve instituir uma irmandade de Invocação a Nossa Senhora da Misericórdia. O primeiro Compromisso ou Estatuto da Misericórdia, foi impresso em 1516 pelo Rei D. Manuel I que tomou a Irmandade sob a sua proteção e assevera-se que endereçou uma circular às diversas cidades e vilas do país recomendando com interesse a fundação de iguais Instituições.
O Concelho de Cinfães deu-lhe cumprimento em 1951. Apenas 435 anos corridos.
Tanto a vida como o progresso de uma Localidade ou Instituição assentam os seus alicerces nos esforços das suas gentes, na dedicação dos seus filhos e no maior ou menor grau de resistência às pressões, que sobre ela exerciam.
A Santa Casa da Misericórdia de Cinfães adquiriu personalidade jurídica no dia 8 de Setembro de 1951, com a publicação do seu primeiro compromisso, mas até 14 de Setembro de 1957, tendo à frente os quatro signatários do compromisso em causa, respetivamente, Pe. Amadeu Maria Cardoso, Dr. Manuel de Lemos, Pe. Adão Pinto Afonso e António Alberto da Costa Araújo, os trabalhos foram orientados por uma comissão Instaladora.
No mandato de uma comissão Administrativa, formada pelos elementos da Instaladora, por volta de 1954, surge uma dádiva generosa do necessário e correspondente terreno levada a efeito pelo grande benfeitor da Misericórdia o Sr. Afonso Resende, para o qual surgiu a ideia da edificação do hospital.
E a sua inauguração, ultrapassadas e vencidas muitas e graves contrariedades, realizou-se, no dia 15 de Novembro de 1959, em simultâneo com um admirável cortejo de oferendas onde, ficou patenteada a generosidade das gentes cinfanenses.
O hospital, desde logo servido de médicos distintos e cirurgiões de elevado reconhecimento, marcou dignamente a sua posição e foi legítimo motivo de orgulho cinfanense.
No período difícil surgido após a Revolução de 25 de Abril de 1974, recorde-se a primeira Mesa Administrativa eleita, era assim formada por: Dr. Manuel de Lemos, Pe. Adão Pinto Afonso, António Araújo, Vasco Miranda, Dr. Osvaldo Portal Jorge, Emílio Magina e Arnaldo Sousa.
Relembrando, que o movimento de 25 de Abril trouxe momentos sofredores para a Instituição, a qual seria extinta com a reversão dos seus bens para o estado, no ano de 1976.
Na sequência, no espaço de quinze dias, concedidos numa semelhança de benevolência e ultimato que imediatamente se seguiu, conseguindo-se outra atividade assistencial o Jardim de Infância.
O Jardim de Infância, instalado na velha casa de Além Ribeiro, em 1976, foi depois, com apreciáveis melhorias transferido para a Casa da Tulha, em 1977, generosa dádiva da benemérita D. Emília Martins de Carvalho Duran, o que permitiu que se pudesse iniciar, em Além Ribeiro, as obras necessárias para a construção do Centro de Bem Estar para Pessoas Idosas – Lar D. Emília Rezende, em 1978.
Em 1982, é celebrado o Acordo de Cooperação entre a Santa Casa da Misericórdia de Cinfães e o Centro Regional de Segurança Social de Viseu, para o Lar de Idosos – D. Emília Rezende com capacidade para 30 utentes e para o Centro de Bem Estar com a capacidade para 30 utentes, tendo neste momento acordo para 6 utentes, devido à utilização do espaço e à diminuição da procura desta resposta social.
Verificando-se, as diversas lacunas da Casa da Tulha, já possuindo acordo para 50 utentes (creche e pré-escolar), a Mesa Administrativa em 1986 avançou com a construção do Centro Infantil, e ao dia 1 de Março de 1989 entra em funcionamento o novo Centro Infantil com capacidade para 101 utentes.
Com o seu espírito, de empreendedorismo, inovação, dedicação e amor ao próximo, verificando-se a necessidade de respostas sociais no âmbito da Terceira Idade e da Saúde, a Misericórdia de Cinfães, não ficou estagnada e diligenciou todos os meios para iniciar as obras do Novo Lar de Idosos – Lar Pares e a reconstrução do antigo hospital transformado na Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção de Cinfães (UCC).
A 10 de dezembro de 2012 abre portas o Lar Pares com capacidade e Acordo para 16 utentes, atualmente tem capacidade para 20 utentes.
Em setembro de 2013 é inaugurada a UCC, entrou o primeiro utente a 11 de outubro de 2013, dando resposta na área da saúde a nível nacional.
É de salientar, o crescimento sustentado, alicerçado no rigor e consciência das dificuldades socioeconómicas que o país atravessa. Mas a Misericórdia segue, assim com orgulho e dignidade o seu caminho para dar resposta às necessidades sentidas pela nossa gente, tendo em conta a sua responsabilidade social.
Madre Teresa de Calcutá
Manuel Mendes de Lemos
PRESIDENTE - Nº228
José António Teixeira Ferreira
VICE-PRESIDENTE - Nº140
João Cardoso Ferreira
SECRETÁRIO - Nº351
Jorge Manuel Rego de Noronha
PROVEDOR - Nº128
José Carlos Costa Vasconcelos
VICE-PROVEDOR - Nº70
Dalila Marques Pinto Cardoso Teotónio
SECRETÁRIO - Nº193
Fernando Pereira Vieira
TESOUREIRO - Nº270
José Augusto Pereira
VOGAL - Nº239
Maria Fernanda Botelho da Fonseca
SUPLENTE - Nº219
Jorge Fernando Cardoso Branco
SUPLENTE - Nº391
José João Soares Cardoso
SUPLENTE - Nº267
Nuno Montenegro Pinto de Miranda
PRESIDENTE - Nº13
Adriano José Botelho Soares
VICE-PRESIDENTE - Nº263
Serafim Pedro Ferreira
SECRETÁRIO - Nº314
José Fernando Brochado de Morais
SUPLENTE - Nº242
José Fernando Costa Cardoso
SUPLENTE - Nº163
Manuel Madureira Silva
SUPLENTE - Nº41
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