Meus amigos,

Começo por agradecer a presença de todos e por dizer que tenho muito gosto em ter pertencido e ter colaborado, ainda que de forma muito modesta, com todos os que integraram os corpos sociais da Santa Casa da Misericórdia de Cinfães ao longo dos últimos 15 anos.

Para mim, que não resido em Cinfães, muitos desses colaboradores eram apenas um rosto e um nome. Com o tempo, fui acompanhando o trabalho, a dedicação, o profissionalismo e hoje merecem-me todo o respeito e amizade.

A Santa Casa da Misericórdia de Cinfães está intimamente ligada à minha memória afetiva. Desde o momento em que um grupo de pessoas se empenhou em conseguir a quantia mínima para a construção do hospital. Eu era criança e recordo o entusiasmo, a alegria e o colorido dos cortejos de oferendas, dos peditórios de porta em porta, dos leilões. O hospital foi construído e foi nesse mesmo hospital que anos mais tarde nasceu a minha filha mais velha. Ainda hoje, quando percorro o longo corredor do 1º andar, chego ao fundo e olho para a última sala à direita e recordo.

Seguiram-se outros projetos: o lar para idosos carenciados, o infantário, o apoio domiciliário e, mais recentemente, o novo lar e a Unidade de Cuidados Continuados de Longa Duração e Manutenção. Um centro de Fisioterapia é a grande aposta para o ano que começa. É este espírito de solidariedade social que tem norteado a ação dos órgãos sociais ao longo destes anos e que terá continuidade com a mesa que hoje toma posse.

No mundo de hoje em que faltam valores e ideais, estes contributos em regime de voluntariado, em favor dos que precisam e com o intuito de fazer progredir a nossa terra, merecem todo o nosso apoio e respeito.

Para todos os que tomam posse hoje, os meus votos de muito sucesso e o meu agradecimento.